Tem Alguém Ai? – Marian Keyes [As Irmãs Walsh #4]

“Anna Walsh é um desastre ambulante. Ferida fisicamente e emocionalmente destruída, ela passa os dias deitada no sofá da casa de seus pais em Dublin com uma ideia fixa na cabeça: voltar para Nova York.
Nova York é onde estão seus melhores amigos, é onde fica o Melhor Emprego do Mundo®, que lhe dá acesso a uma quantidade estonteante de produtos de beleza, mas também, e acima de tudo, é a cidade que representa Aidan, seu marido.
Só que nada na vida dela é simples…
Sua volta para Manhattan se torna complicada não só por conta de suas cicatrizes físicas e emocionais, mas também porque Aidan parece ter desaparecido.
Será que é hora de Anna tocar sua vida pra frente? Será que ela vai conseguir (tocar a gente sabe que sim; o negócio é pra frente)?
Uma série de desencontros, uma revelação estarrecedora, dois recém-nascidos e um casamento muito esquisito talvez ajudem Anna a encontrar algumas respostas. E talvez transformem sua vida… para sempre.” 

Tem Alguém ai? Não é um chick-lit como qualquer outro escrito por Marian Keyes. O humor, marca registrada da autora, está presente nele, mas é inegável a diferença. O romance é de um passado distante, e o centro de tudo é a recuperação (ou falta dela) de Anna. Eu praticamente tive um colapso para entender. Mas, quando a verdade chega, ela vem com tudo e finalmente as coisa começam a fazer sentido, ligando um fato ao outro.

Admiro autores que conseguem despertar em suas obras uma variação de sentimentos. Tem a fase da gargalhada.  Depois, você se sente angustiada, triste e pensativa. 
Mais que um best-seller, o livro aborda questões envolventes de uma maneira simples, mas sedutora. Com uma maneira romanceada ela transforma questões familiares graves em momentos de “besteirol”. É como se fosse um anestésico para situações doloridas em que nos confrontamos com nossas próprias verdades.
Em suas histórias Marian ensina a transformar o trágico em algo mágico ou, ao menos, engraçado. Desta forma, a vida tende a ser mais leve!

O livro é cheio de detalhes (alguns até demais) afinal, são 600 paginas e seria um crime imperdoável contar mais do que já contei. Cheio de surpresas, de grandes reviravoltas, sem duvida mais uma grandiosa obra ao nível das anteriores.