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Destinos do Amor | Amie Knigth

“Eu era uma ladra. A garota invisível que ninguém conseguia enxergar. A mulher que escolheu ser mais do que isso.
Ele era tudo. Um cowboy extraordinário que roubou meu coração quando eu tinha dezesseis anos. O homem devastado por quem eu ainda estava apaixonada, mesmo quatro anos depois.
O trem foi onde nos conhecemos. Onde nossos destinos entraram em colisão. Onde as verdades se descarrilaram. O lugar onde nossa história de amor terminou.”

Oiii gente, e chegamos com um livro super gracinha que veio de parceria com a editora Cherish BR.
Esse foi o primeiro lançamento da editora, e eu já gostei de cara. Uma sinopse legal e um história linda e apaixonante. Aquele tipo de livro bem gostoso para tirar qualquer um de uma ressaca literária.

Começando de uma forma bem inusitada, somos apresentados a Everly e Cole.
Everly é uma moça sofrida, que foi abandonada pelos pais numa estação de trem e desde então vem passando por muitas necessidades, indo de abrigo em abrigo em troca de um prato de comida. Depois de muito bater de porta em porta, finalmente alguém oferece uma real ajuda. Momma Lou, é um anjo que aparece na vida de Everly e dá um lar e uma “família” a ela. Até que Momma Lou consegue para ela um emprego de verão em uma fazenda de pêssegos. Tudo apontava para ser apenas um emprego, mas o destino se encarrega de recolocar Cole na vida de Everly.

— Lar não é um lugar. Não é uma coisa. É a sensação que as pessoas proporcionam quando você está com elas. Isto é um lar, Passarinha.

Cole é um cowboy com um coração gigante, e que há quatro anos teve um papel fundamental na vida de Everly e ela nunca imaginaria reencontra-lo.
Aquele garoto de olhos tão sinceros foi traído mais de uma vez, e agora está fechado para o mundo. Quando ele encontra Everly na cozinha da fazenda, não é nada mais do que rude. Ele agora está amargurado, solitário e triste. Não se parece em nada com aquele moço que balançou seu mundo anos atrás.

— Preste atenção, Cole Briggs, porque só vou te dizer uma vez. E a única razão pela qual estou falando alguma coisa é porque você já foi gentil comigo em um momento da minha vida, quando ninguém mais foi. — Ela cerrou as mãos, e sua pulsação pareceu se intensificar. — Meu nome é Everly Woods, assim como aquela cidadezinha. Assim como a estação de trem onde meus pais me deixaram quando eu era apenas um bebê. E, coincidentemente, a mesma estação de trem onde nos conhecemos dezesseis anos depois. Talvez os bombeiros que me encontraram lá pudessem ter inventado algo um pouco mais original, mas parece que não foram capazes. Então, estou presa a ele. Lide com isso. Eu aprendi a lidar.

— Ela terminou de falar e se afastou de mim, voltando a lavar os pratos na pia como se toda aquela conversa não tivesse acontecido.

Foi lindo assistir esses dois se reencontrarem. Mesmo com tudo contrário, a amizade veio naturalmente. Eles se contentavam demais em ter a companhia um do outro. Uma relação muito sincera.
Eu adoro livros que não tenham um triangulo amoroso e que sigam no ritmo certo. Bem real!
O principal foco aqui, é o perdão! O perdão a si mesmo, o perdão ao amor, e o perdão ao ser humano que erra infinitas vezes, mesmo tentando acertar.

Os personagens secundários são incríveis. É impossível não se encantar por Joe, Momma Lou, Cody (e suas piadas sexuais), e Jane. Definitivamente gostaria de um Cody ao meu lado para deixar os dias mais leves e risonhos.
E é bem esse o ritmo do livro, leve e risonho. Mesmo com a pegada emocional forte que engloba essa história, a autora consegue manter o ritmo. É especial.

Foi meu primeiro contato com a Amie Knigth e já digo com o maior prazer que estou de olho nos próximos lançamentos dela 😉

Maldito fosse ele. Meu coração se partiu ainda mais. Uma lágrima deslizou pela minha bochecha. Malditos caubóis e suas bondades inatas.
Aquele lugar estava me mudando, e eu não sabia o que pensar sobre isso. Nunca chorei. Nem mesmo quando morava nas ruas e sentia tanta fome que chegava a me dobrar de dor. Nem mesmo quando eu deixei minha amada Momma Lou. Eu era um pilar de força emocional.
Estar ali, com aquelas pessoas, naquele lugar lindo e surreal, obrigava-me a me abrir completamente, e doía tanto quanto fazia com que eu me sentisse bem.