“É o último romance escrito por Elizabeth Gaskell, em 1865, considerado sua obra-prima, narra o destino de duas famílias do século XIX na Inglaterra rural. Trata das relações familiares de pai, filha, madrasta, filhos, enteada e de seus envolvimentos românticos. A história gira em torno de Molly Gibson, filha única de um médico viúvo vivendo em uma cidade provincial inglesa em 1830. Tem início com Molly ainda criança em visita à casa do pai e a negligência da ex-governanta, Miss Clare, em relação a ela.
Sete anos depois, Molly é uma atraente jovem bastante irreal que desperta o interesse de um dos aprendizes de seu pai, o Sr. Coxe. O afeto é descoberto pelo senhor Gibson que envia a jovemMolly para ficar com as Hamleys, de Hamley Hall, uma família da pequena nobreza. Lá, ela encontra uma substituta da mãe na senhora Hamley, que a trata como filha. Molly também se torna amiga do seu filho mais novo, Roger. O filho mais velho da família Hamleys, Osborne Hamley, um jovem bonito, inteligente e mais elegante do que seu irmão, é esperado para fazer um casamento brilhante após uma excelente carreira na Universidade de Cambridge. Porém, um grande segredo envolve Osborne. Intrigas, fofocas, preconceito, traições, tragédias e amor marcam este formidável romance.
Personagens como Molly, Roger e Osborne; a empregada doméstica Aimeé; o senhor Gibson; a madrasta de Molly: a senhora Jacinto Kirkpatrick (ex-Miss Clare, a antiga governanta), uma ambiciosa e egoísta mulher; a meia-irmã mais nova de Molly, a egoísta, rebelde, Cynthia, educada na França um contraste com a ingênua Molly. Segredos do passado envolvendo mãe e filha e um empregado nas terras do senhor Gibson, o senhor Preston, fazem desse livro uma obra-prima. Foi publicado na revista Cornhill como uma série de agosto de 1864 a janeiro de 1866. Quando Gaskellmorreu subitamente, em 1865, a última parte foi escrita por Frederick Greenwood.”
Olá galera Ao Infinito! Estou sumida, eu sei… Essa correria entre final de ano letivo e férias me deixou literalmente maluca!! Mas como tudo na vida tem um começo e um fim, eis que as férias começaram e vou colocar todas as resenhas em dia e bem como as leituras.
Um dos livros que estava na minha meta da leitura para 2017 era “Esposas e Filhas” de Elizabeth Gask. Ganhei o livro em uma das ações promovidas pelo pessoal do #AmigoLivroES, de forma que me comprometi que até o final de 2017 leria a obra. Assim eu fiz. Uma das coisa que me chamou atenção antes mesmo de ler a sinopse do livro, foi o fato da Editora Pedra Azul usar as belissimas ilustrações feitas por George Du Marrier. Ilustrações que foram ultilizadas nas publicações seriadas e na primeira edição do livro.
Ah, já estava me esquecendo, antes de entrar na história de Esposas e Filhas, precisamos esclarecer alguma coisas sobre a autora.
- A autora faleceu em 12 de novembro de 1865, aos 55 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.
- Sendo seu ultimo livro Esposas e Filhas.
- A obra estava sendo publicada de forma seriada desde o mês de agosto de 1864 pela revista Revista The Cornhill, ficando o final da obra inacabado.
“A história é interrompida aqui, e nunca será terminada. O que prometia ser a obra-prima de uma vida é um memorial da morte. (…) Mas, se a obra não foi terminada, pouco resta para ser adicionado e este pouco se reflete claramente em nossa imaginação.” (p. 533)
Confesso que nunca tinha lido nada de Elizabeth Gask – me julguem! E foi uma grata surpresa me deparar com a obra e gostar. Chega de blá, blá, blá e vamos à história!
Em Esposas e Filhas, somos levados a um pequeno condado ou vila chamada Hollingford, situada no interior da Inglaterra. Grande parte da trama se passa na casa do jovem viúvo e médico Mr. Gibson. Sendo um homem muito respeitado por todos, porém tem uma coisa que abala seu trabalho- sua única filha Mary, a quem ele carinhosamente chama de Molly.
“Não ensine muitas coisas a Molly. Ela deve saber costurar, ler, escrever e fazer cálculos, mas quero que continue sendo uma criança, e, se eu descobrir que ela precisa aprender mais do que o desejável, eu mesmo providenciarei. Afinal, não tenho certeza se ler e escrever sejam necessários. Muitas mulheres de boas condições casam-se usando um ‘X’ ao invés do nome. Isto é mais para uma dissolução do juízo materno. Contudo, devemos nos render aos danos da sociedade, Miss Eyre, então, você pode ensinar a menina a ler.” (ps. 30 e 31)
Quando ainda era uma criança, Molly foi a uma festa oferecida pelos Lord e Lady Cumnor. Porém, Molly acaba se sentindo mal e fica aos cuidados de Clare, governanta da família. O que elas não esperavam era o no futuro elas iriam se encontrar novamente.
O tempo passa e Molly entra na adolescência. Sendo seu pai um médico respeitado, ele recebia em sua casa jovens aprendizes. Um de seus alunos percebe que está apaixonado por Molly, quando o Mr. Gibson, percebe o que esta começando a acontecer, mais do que de pressa ele envia sua bela filha para passar um tempo na casa de uma querida paciente.
Com tal acontecimento, o doutor sentiu na pele que lidar com as novidades da adolescência de uma filha não seria nada fácil.
Outra decisão que o. Mr. Gibson precisou tomar foi: se casar novamente. Lembra que lá no começo eu falei que o destino iria fazer Molly e Clare se encontrarem no futuro? Pois bem, a escolhida para a vaga de madrasta foi a Clare, também viúva e mãe de uma jovem da idade de Molly. Muitas coisas mudaram na vida de Molly. O casamento trouxe não só uma madrasta, uma rotina nova, e um “irmã” – Cynthia.
É muito bonito de viver com elas a amizade crescendo e de fato viando uma relação de irmãs. Até mesmo quando elas compartilham de um amor, as jovens são capazes de separar as coisas e não deixar nada atrapalhar a relação que foi construída.
Esposas e filhas é um livro com uma história sobre o dia-a-dia. A Autora vai narrando os acontecimentos de uma maneira até mesmo despretensiosa, quando o leitor se dá por si, já esta absolutamente envolvido na trama.
Os personagens? Esses são um caso a parte. Muito bem construídos, mesmo que a autora não tenha ficado pressa a descrições. são muito bem construídos, mas a autora não se perde em descrições detalhadas, ela apenas mostra magnificamente bem os atributos de cada personagem dento do enredo
Adorei acompanhar o crescimentos das meninas, o envelhecimentos de outros personagens, os casamentos e até as mortes. Em todo o momento, tive a sensação de morar e viver tudo isso em Hollingford.
A Editora Pedra Azul está de parabéns com a edição do livro. A ilustrações são lindas, pessoalmente, elas ajudaram muito a minha imaginação. A linguagem mesmo que de séculos atrás não é complicada de ser compreendida, de maneira que até podemos conhecer melhor fatos e costumes da sociedade da época.
Como falei no começo da resenha, no início da resenha, Elizabeth Gaskell faleceu antes de concluir o livro. Porém, ela havia falado para o editor da revista das suas intenções para cada personagem, tal maneira que, com o falecimento da autora o editor escreveu uma coluna na revista informando aos feitores os desfechos escolhidos pela autora para seus personagens.
Tais considerações estão presentes no final do livro, sendo assim, Esposas e Filhas não fica sem um “final”. Confesso a vocês que depois de mais de 500 páginas não pude deixar de ficar triste. Pois queria muito saber pela escrita da autora o que iria acontecer com esses personagens que aprendi a gostar.
Bom, por hoje isso é tudo pessoal. Até a próxima com sabe-se lá o que.
ISBN-13: 9788566549249
ISBN-10: 8566549244
Ano: 2016 / Páginas: 540
Idioma: português
Editora: Pedrazul
Livro Físico: Cultura |
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