Bom dia queridos, estamos de volta com mais um Turista de Sonho… Vamos viajar por Uganda – Africa …
Chamado de “Pérola de África” por Winston Churchill, é habitat de uma das maiores e mais diversas faunas e floras de África, incluindo o chimpanzé comum e o altamente ameaçado gorila-das-montanhas, muito procurado em parques como o de Bwindi.
Uganda faz fronteira com o Quênia, República Democrática do Congo, Ruanda, Tanzânia e Sudão do Sul. Independente da Inglaterra desde 1962, o país, de cerca de 36 milhões de habitantes, possui mais de 39 línguas africanas dos grupos bantu e nilóticas
Eu sempre foi muito curiosa pela história do país. A vontade de conhecer de perto Uganda foi fortalecida após eu ler o livro “Vain – Fisher Amelie” onde conta a história de uma moça que após ser pega com cocaína pela segunda vez, é condenada e enviada a Uganda como sua penitência. Encaminhada a um orfanato que assiste crianças mutiladas por Joseph Kony[i], ela vê a sua vida dar uma reviravolta geral. Sinceramente gente, essa é uma leitura que todos deveriam ter. Fiquei dias e dias, pensando sobre a complexidade desse assunto. É incrível perceber como um povo com tanta desgraça pode se adaptar e ser feliz, simplesmente pelo fato de estar vivo. É lindo.
– LIVRO VAIN – FISHER AMELIE
– JOSEPH KONY
O Uganda é África no seu estado mais puro. Onde o melhor e o pior que existem no nosso planeta coabitam lado a lado. Obviamente que tem as suas infra-estruturas viradas para o turista mas é muito fácil para o turista “infiltrar-se” na vida local e perceber o que existe além do que é construído para ele. É esta experiência de contato com o povo que vai muito além dos safaris e dos lodges.
Uganda é o lar da metade dos últimos gorilas de montanha que ainda existem no mundo. Para avistar estes animais imponentes, lugares como a Floresta Impenetrável de Biwindi, que faz parte do patrimônio da UNESCO, tem alojamentos como Sanctuary Gorilla Forest Camp, um acampamento de luxo que mostra aos visitantes o valor da cultura local.
– OS GORILAS ESTÃO ATÉ NO DINHEIRO DE UGANDA
Existem apenas 700 animais e todos estão nas florestas tropicais de Uganda, Rwanda e Congo. Os gorilas vivem em pequenas famílias e se movem pela mata seguindo seu líder em busca de alimentos (eles são vegetarianos). Apenas oito pessoas por dia podem visita-los durante uma hora, assim, evitando a transmissão de doenças humanas e não atrapalhar tanto. O governo de Uganda, emite permissões que são válidas para determinada família. As permissões custam 500 dólares e, caso não apareça no dia e hora marcados, perde.
Outra coisa impressionante, é a arvore Baobá. Chega a alcançar alturas de 5 a 25m e até 7m de diâmetro do tronco. Destaca-se pela capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120 000 litros.
Os baobás desenvolvem-se em zonas sazonalmente áridas, e são árvores de folha caduca, caindo suas folhas durante a estação seca. Alguns têm a fama de terem vários milhares de anos, mas como a sua madeira não produz anéis de crescimento, isso é impossível de ser verificado.
As lendas a respeito do Baobá variam muito, em alguns lugares da Africa, a Baobá é a raptora das donzelas. Reza a lenda que a árvore se apaixonou por quatro lindas virgens que se deitavam a sombra. Até um dia, que as moças cresceram e se casaram. Entorpecida de ciúmes, durante uma noite de tempestade, abriu seu tronco e levou as moças para dentro, Até hoje os nativos dizem que a água das chuvas são as lágrimas das donzelas raptadas.
E ai gente, o que acharam desta cultura um tanto quanto diferente?
Até a próxima viagem…
[i] Joseph Kony é o atual chefe da Lord’s Resistance Army (LRA), uma guerrilha que tenta estabelecer um governo teocrático em Uganda e está na lista dos 10 mais procurados no mundo pela Corte Penal Internacional. O LRA afirma que espíritos foram enviados para comunicar esta missão diretamente a Kony.Dirigido por Kony, o LRA ganhou reputação pelas suas ações contra os povos de vários países incluindo Uganda, Congo e Sudão. Raptou e forçou um número estimado de 66 000 crianças para lutar por ele, e forçou a deslocação interna de mais de 2 000 000 pessoas desde que a sua revolta começou em 1986. Como resultado, em 2005, Kony foi acusado de crimes de guerra pela Corte Penal Internacional em Haia, Países Baixos, mas tem escapado da captura desde então. As suas convicções políticas tornam-se cada vez mais dúbias.
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