“Uma vez em África, beijei um rei…
Quando uma bomba explode em um shopping na África Oriental, suas réplicas enviam dois estranhos em uma colisão que nem se vê chegando.
Jack Warden, um divorciado fazendeiro de café na Tanzânia, perde sua única filha. Com um oceano de distância, do campo inglês, Rodel Emerson perde sua única irmã.
Duas pessoas comuns, ligadas por uma tarde trágica. Estabelecidos para alcançar o extraordinário, eles fazem três paradas para salvar três crianças em toda a vasta planície do Serengueti — crianças que valem mais mortas do que vivas.
Mas mesmo se eles venceram as adversidades, outro desafio se aproxima no final da linha. Eles podem sobreviver ainda a outra perda — desta vez de um amor que vai escapar pelos seus dedos, como as névoas que se dissipam à luz do sol? “
“E assim de repente, em um celeiro vermelho no sopé do Monte Kilimanjaro, descobri a magia indescritível que eu só nunca tinha vislumbrado entre as páginas de grandes histórias de amor. Ele vibrou em volta de mim como uma borboleta recém-nascida e estabeleceu-se em um canto do meu coração. Eu segurei minha respiração, com medo de exalar e escorregar para fora, para nunca ser encontrado novamente.”
“Às vezes você vem através de uma história do arco-íris — um que abrange o seu coração. Você pode não ser capaz de agarrá-lo ou guardá-lo, mas você nunca pode se arrepender da cor e da magia que ele trouxe.”
De alguma forma eu sabia que este livro iria chegar ao meu coração antes mesmo de abri-lo (mentira, fui super bem indicada).
Depois que terminei o livro e fui ler os agradecimentos e explicações da autora, notei que já havia lido outro livro dela, que também foi sensacional (embora um pouco fora do meu gênero favorito).
Leylah Attar não segura emoções.
A sinopse já diz: há uma bomba em um shopping, onde um pai perdeu sua filha, e uma mulher perde sua irmã (entre muitas outras mortes). Mas estes dois juntos fazem dois caminhos muito diferentes se encontrarem.
Jack Warden é um fazendeiro de café local. Seu casamento com a mãe de sua filha não funcionou porque a fazenda sempre foi sua vida e ela sempre foi mais uma garota da cidade. O Serengeti pode ter a maior concentração de vida selvagem na África (os grandes e perigosos animais), mas para Jack é o único lar que ele já conheceu. Desde que o trágico acidente levou sua única filha, a existência de Jack tornou-se nada mais do que um poço incolor de tristeza. A culpa de não ser capaz de salvar sua bebezinha está lentamente esmagando sua alma.
Rodel Emerson cresceu em uma família de viajantes, tudo que ela queria era criar raízes. Tendo passado a maior parte da vida viajando pelo mundo, ela cresceu como uma mulher que ansiava por uma âncora na vida e estava começando a colocar sua vida nos trilhos. Ela agora é uma professora e acaba de comprar sua primeira casa na Inglaterra. E o que começa como uma viagem rápida para recolher os pertences de sua irmã (na Tanzânia), logo se torna a última oportunidade de Rodel para entender uma irmã que ela amava e para cumprir seu último desejo. Um desejo que a leva à porta de um homem que mudará a sua vida para sempre.
Ambos levavam uma vida simples até ganharem da vida uma culpa e uma dor imensas. Para corrigir os assuntos inacabados e cumprir o último desejo da irmã, Rodel vai em uma viagem até que ela pousa na porta de Jack. Um Jack, que agora é apenas uma sombra do homem animado que ele costumava ser.
Não quero estragar o enredo mais do que o que você sabe da sinopse. Então eu vou tentar focar em alguns pontos sobre porque eu pensei que este livro foi especial e merece uma resenha tão sincera quanto ele.
Leylah fez um trabalho tremendo em me transportar para um lugar que nunca vi. Uma grande parte deste livro tem lugar na Tanzânia e há uma facilidade e conhecimento com o qual ela fala sobre as cenas e lugares, tradições e cultura, que remete a grande investigação ou conhecimento pessoal. Realmente senti que o cenário era um participante vibrante e vivo dessa história e acho que isso é tão importante, mas muitas vezes esquecido na maioria das histórias.
Eu amei as questões politicas, sociais e culturais que são apresentadas aqui. Você pensa que está lendo sobre uma tragédia que virou um romance, mas logo com o desenrolar da história, é possível ver que é muito mais.
“O que isso significa?” Eu perguntei. “Mfalme?” “Significa rei,” Bahati respondeu da esquina.
Esse romance fala sobre o albinismo na África. Eu já estudei sobre o assunto na faculdade, mas para falar a verdade eu nunca tinha parado para pensar muito sobre isso. Muito menos na perspectiva africana. O quanto a pele branca e que não pode tomar sol pode sofrer na África. E muito menos todo o aspecto mítico e cultural que entra por trás disso. Quando eu percebi, minha mandíbula estava no chão.
“Ela vai sentar comigo,” disse Jack, pegando na minha mão e me puxando de volta.
Depois de alguns minutos eu percebi, que Jack realmente quis dizer para que eu fique com ele. Ou melhor, nele. E então eu desajeitadamente subi no colo de Jack, enquanto as mulheres e as crianças riam de mim.
Mists of Serengeti não é apenas um livro, é uma experiência. Todos devem ser capazes de sentir isto por um livro pelo menos uma vez na sua vida. Obrigada, Leylah…
É uma leitura provocante que vai tocar as partes mais profundas do seu coração. E sobre o epílogo? É a de cereja no topo do bolo. É aquele agradecimento final que dá um rumo ao que ficou sem explicação. Perfeito!
PS: Por ser tratar de um livro em inglês, as traduções foram feitas por cima, nada é oficial.
ISBN-13: 9781988054001
ISBN-10: 1988054001
Ano: 2017 / Páginas: 430
Idioma: inglês
Editora: independente
LIVRO FÍSICO | Amazon | BookDepository |
LIVRO DIGITAL | Cultura | Amazon |
No Comments